Ainda que mal pergunte,
ainda que mal respondas;
ainda que mal te entenda,
ainda que mal repitas;
ainda que mal insista,
ainda que mal desculpes;
ainda que mal me exprima,
ainda que mal me julgues;
ainda que mal me mostre,
ainda que mal me vejas;
ainda que mal te encare,
ainda que mal te furtes;
ainda que mal te siga,
ainda que mal te voltes;
ainda que mal te ame,
ainda que mal o saibas;
ainda que mal te agarre,
ainda que mal te mates;
ainda assim te pergunto
e me queimando em teu seio,
me salvo e me dano: amor.
Carlos Drummond de Andrade In As Impurezas do Branco
06/03/08
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13 comentários:
olá amiga,
muito bonito. :) um beijão.
Adoro este poema e o Fado feito com ele.
Bjs.
força que te salva e te condena
força que te vive
força que te move...
apesar de sabido o ciclo da fogueira,
da queimadura à cicatriz,
recomeçamos sempre e com um beijo:
ainda que mal de te diga este blogue é indispensável.
belo crescendO...
beijO
Gosto do jeito mineiro de Drummond para se expressar.
Pontual e discreto;
Intenso e fugaz.
É isso ai.
Bjs
Bonito, esse poema! Obrigada pela partilha.
Devia ser muito mais lido.
Bom post! (também por isso)
Abreijo
ainda que mal to diga
ainda que mal to escreva
ainda que mal te deixo a minha opinião.
ainda que mal , nada, nem ninguém está a salvo dessa maleita ...
Um beijo grande para ti.
estou
arrepiada
em sentir
..
beijo enorme
a ti.
@-,-'-
"Ainda que mal" me deixe sem palavras... deixo-te esta: lindíssimo!
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