Love song
Do not stare at me. do not. I am sincere.
there are many things that happen beyond
my limited control and disappear.
Why should I tell you that I’m not so fond
of most of them? why should I otherwise
coldly excuse myself for having no fear?
I have no time left. believe me, the skies
tell us everything is as clean and clear
as a knife’s blade wiped after de red
bleeding of sacrifice, wose mirror says
it will be drawn again and kill instead
of reflecting your narrow flashing face.
Let’s then look at the moon above the trees.
Never forget how much I love you. please.
Vasco Graça Moura in Poesia 2001/2005
22/07/08
10/07/08
Abandono
A quem senão a ti direi
como estou triste? Mas se a tristeza vem
de tu não estares, como ta direi, como hei-
de juntar o que me está doendo ao ven-
to que não bate mais à tua porta? Eu sei
que a tristeza é só isto, é só isto,
o descoincidir consigo mesmo, eu sei,
descoincidir com os outros, estava previsto
porque dentro de si o mundo não coincide e
não há senão tristeza. Em cada um está Cristo
sempre abandonado, cada um abandonado
a si mesmo, sem princípio e sem fim,
pois no princípio o amor era dado
promessa de te ter sempre junto a mim
não ausência, nem dor, nem habitado
ser por todo este absurdo. Morrer
um pouco, disse, sem saber o que dizia
pois eram só palavras, como se a prometer
tudo aquilo que havia e não havia.
Não haver palavras és tu a desaparecer.
Bernardo Pinto de Almeida in Hotel Spleen
Publicada por Ad astra à(s) 10.7.08 14 comentários
05/07/08
e a brisa fresca que te precede
dissipa a bruma que me envolve
Publicada por Ad astra à(s) 5.7.08 10 comentários
02/07/08
“De tudo abri mão, mais nada me resta. De quanto possuí, só tu, esperança, permaneces comigo. “
Nietzsche
Publicada por Ad astra à(s) 2.7.08 10 comentários