24/04/08


Ilha do Lago Innisfree

Erguer-me-ei e partirei já, e partirei para Innisfree,
E uma pequena cabana erguerei lá, de barro e vime feita:
Nove renques de feijão aí terei, uma colmeia de obreiras e
Viverei sozinho na ensurdecedora clareira.

E aí terei uma certa paz, porque a paz vem lentamente,
Caíndo dos véus da manhã, até onde o grilo canta;
Onde a meia-noite é trémula, e o meio-dia é roxo brilho,
E a noite, de asas de pardais se completa.

Erguer-me-ei e partirei já, porque sempre noite e dia
Oiço a água do lago a folhear murmúrios na rebentação;
Quando vou por estradas, ou por passeios cinza,
Oiço-a no lúmen profundo do coração.

William Butler Yeats in Pequena Coletânea de Poesias de Língua Inglesa

8 comentários:

Gi disse...

Adoro

Fica aqui um pequeno mimo para ti.
Escuta-o ...

http://www.poets.org/viewmedia.php/prmMID/15529

Um beijo, espero que gostes

un dress disse...

pouco mais é preciso que

respirar.


como se

infinitamente ~






beijO

~pi disse...

alongada gota rio mar

Anónimo disse...

tu não vais para sitio nenhum.
Isso é uma ordem, ficas ai que preciso de ti.OUVISTE??

samuel disse...

Pode-se estar sem aparecer por aqui por algum tempo (infelizmente) mas é mais que certo que quando se volta está algo muito bom na mesa...

Abreijo

Maria Clarinda disse...

William B. Yates...um dos meus poetas de eleição...
Este é um dos poemas que também gosto bastante...
Mais um gosto em comum...
Jinhos mil

hfm disse...

Sempre gostei muito de Yeats!
De regresso enviando-te um beijinho.

susemad disse...

Não conhecia este autor. Gostei muito desta "Ilha do Lago Innisfree".

Já partiste para a tua paz, mas não ficarás sozinho, porque eu encontrar-te-ei e ficarei contigo. Ouviremos juntos o cantar do grilo!