05/11/08


A estrada não trilhada

Num bosque, em pleno outono, a estrada bifurcou-se,
mas, sendo um só, só um caminho eu tomaria.
Assim, por longo tempo eu ali me detive,
e um deles observei até um longo declive
no qual, dobrando, desaparecia...

Porém tomei o outro, igualmente viável,
e tendo mesmo um atractivo especial,
pois mais ramos possuía e talvez mais capim,
embora, quanto a isso, o caminhar, no fim,
os tivesse marcado por igual.

E ambos, nessa manhã, jaziam recobertos
de folhas que nenhum pisar enegrecera.
O primeiro deixei, oh, para um outro dia!
E, intuindo que um caminho outro caminho gera,
Duvidei se algum dia eu voltaria.

Isto eu hei de contar mais tarde, num suspiro,
nalgum tempo ou lugar desta jornada extensa:
a estrada divergiu naquele bosque – e eu
segui pela que mais ínvia me pareceu,
e foi o que fez toda a diferença.

Robert Frost in Antologia Poética

22 comentários:

hfm disse...

É, realmente, o que faz toda a diferença. Belíssimo!

vida de vidro disse...

Decidir o caminho a tomar é sempre o que faz a diferença. Um belo poema.**

ROSASIVENTOS disse...

(...)

tenho nas mãos este amor ridículo


amor de filme esta


terra antiga de longa solidão (...)



BEIJO

Entre "linhas" disse...

Por algum perdi o teu rasto,mas fui ao meu antigo blog , e repus no actual os links que havia perdido,pois tive o maior prazer.
A diferença está emsubir a escada da vida,mas ter sempre em linha de conta o degrau falso como obstáculo...mas vale sempre a persistência.
Bom Domingo

E muitos beijinhos para os Açores!!!de uma açoreana.

Zita

Anónimo disse...

e foi o ke te deixou assim!

duarte disse...

tenho trilhado minha existencia
sempre e sómente...
um pé á frente do outro.
não procuro caminhos nem tão pouco
sei dos meus destinos,
sinto cada passo que enceto...
como simples que são,
e hão de me levar por certo...
por ruas ruelas ou trilhos,
haja ou não...............
bifurcação.
duarte nu e descalço

Maria Clarinda disse...

Lindo este poema!!!Decidir por onde ir, é sem dúvida um dos nossos maiores desafios. Jhs

Arménia Baptista disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
José Louro disse...

Só há pouco tempo descobri o meu caminho...
beijo.

avelaneiraflorida disse...

Querida AD ASTRA,

e sempre ressoam as palavras fortes de Régio:
" Sei que não vou por aí!"

que saibamos sempre escolher o caminho!!!!

Bjkas!!

Arménia Baptista disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
vieira calado disse...

Obrigado pela partilha.

;)

Cumprimentos

tchi disse...

Nem imaginas quanto gosto do Outono nos caminhos e dos caminhos no Outono.

Bom dia ao sol do Outono.

Beijinhos.

Joana Roque Lino disse...

Olá, minha linda amiga. Como estamos? Tenho saudades...... vê se vens depressa. ;)

E. Raposo disse...

Possa isso tem muitas árvores, até parece uma floresta...

mããããããããeeeeeeeee

hfm disse...

eu quero mais posts :(

José Louro disse...

Eu também!

nana disse...

o tanto que me diz,

o tanto que me lembro

este frost...


obrigada,
uma vez mais,
por mo lembrares também.


..


abraço.

@-,-'-

Dalaila disse...

é o m,elhor é ir com vontade de ir, sem saber, sem conheceer e não recear

~pi disse...

a estrada não-trilhada

( não há que ter medo

se é ela que acena ~




BEIJO

hfm disse...

Por esta estrada que terá de ser de maresia - um grande beijo.

susemad disse...

Gostei imenso da foto. Faz-me lembrar os caminhos da Penha ou do Gerês.

Há que seguir por algum caminho, mesmo não estando trilhado...