Desconforto II
Vazio de cidade,
há uma desordem em mim.
Contemplador de desvãos,
vou esculpindo infrutíferas buscas.
O que há de encontro na minh’alma
é só o apóstrofo.
Busco desvencilhar-me da ferrugem da estrada,
do ferrolho das minhas ausências,
quando substantivo a vontade.
Há em mim doença de lagarta,
predisposição para casulo,
pretensão para eterno.
Voar é o meu destino.
Rastejante, carrego primórdios,
contemplo a estrada.
Francisco Perna Filho in Refeição
09/12/08
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
12 comentários:
Uma estrada eterno com desvio nos desvãos. Como gostei!
Belíssimo o teu comentário ao "nosso" mar.
"Ulha" gotas de um liquido :|
Aquilo foi derivado à falta de refeição do Xico.
«predisposição para casulo...» genial.
assim eu
assim eu vou rastejando
( pouco voo agora, mas há pequenas coisas quase invisíveis a descobrir,
BEIJO
~
Sonho com uma liberdade em forma de voo, como prémio digno para depois do desconforto.
Gostei imenso de ter lido estas palavras.
Um abraço.
e não a vã glória. ;)
Voar sempre amis alto.
Feliz Natal e Próspero 2009.
Abraço sem longe.
Destrancar o ferrolho,soltar as mágoas e abrir asas á liberbade ,num voar infinito.
Bom início de semana
Bjs Zita
Olá, amiga!
Obrigado pelos seus votos, em relação ao meu livro de poesia "Itinerário"
Bem haja
Eu até consigo escrever uns versos. Ora repara:
Dei um trambulhão
e bati com a cabeça no chão
Não fosse o cão
um grande comilão
Dava-me menos comichão
se não houvesse pulgas no meu colchão
E poderia continuar... mas doi-me o dedão.
rastejante
em sonho
e (já) côr
de borboleta
..
x
Enviar um comentário