Há um caminho marítimo no meu gostar de ti.
Há um porto por achar no verbo amar
há um demandar um longe que é aqui.
E o meu gostar de ti é este mar.
Há um Duarte Pacheco em eu gostar
de ti. Há um saber pela experiência
o que em muitos é só um efabular.
Que de naugrágios é feita esta ciência
que é eu gostar de ti como um buscar
as índias que afinal eram aqui.
Ai terras de Aquém-Mar (a-quem-amar)
naus a voltar no meu gostar de ti:
levai-me ao velho pinho do meu lar
eu o vi longe e nele me perdi.
Manuel Alegre
31/01/09
27/01/09
Já sei que primeiro vê-se a estrela do futuro,
antes do futuro vê-se a estrela
dizem que a estrela está quase pronta
para ser vista pela primeira vez uma madrugada
e assim todos os dias
sempre
até que eu acabe
Almada Negreiros in Segunda Manhã
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22/01/09
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18/01/09
o vento castigando os ramos da velha laranjeira, indiferente ao pio agoniado das gaivotas que adivinham o aproximar da tempestade
sobre as letras de um poema de Rilke dançam as sombras quentes da vela
nas mãos de Menuhin o arco desliza no violino pintando de suave nostalgia as paredes da sala
houvesse um Domingo perfeito e tu estarias aqui…
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16/01/09
...da noite só o poema por encontrar
e o bailado murmurante dos fantasmas
ergue-se lentamente a manhã
tentando rasgar a bruma
árdua e inglória tarefa
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07/01/09
Lá fora, não sei onde
- talvez dentro de mim -
ouço o ranger dum barco
na invenção das ondas
aladas no vento...
José Gomes Ferreira
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