Quando em silêncio passas entre as folhas,
uma ave renasce da sua morte
e agita as asas de repente;
tremem maduras todas as espigas
como se o próprio dia as inclinasse,
e gravemente, comedidas,
param as fontes a beber-te a face.
Eugénio de Andrade in
As Mãos e os Frutos
3 comentários:
Amei os textos e as imagens. Um casamento perfeito.
Que bom voltar a ver este blogue ressuscitado. Do poema... que dizer? Eugénio no seu melhor.
O nosso Eugénio
sempre
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