Amo o teu túmido candor de astro
a tua pura integridade delicada
a tua permanente adolescência de segredo
a tua fragilidade acesa sempre altiva
Por ti eu sou a leve segurança de um peito
que pulsa e canta a sua chama
que se levanta e inclina ao teu hálito de pássaro
ou à chuva das tuas pétalas de prata
Se guardo algum tesouro não o prendo
porque quero oferecer-te a paz de um sonho aberto
que dure e flua nas tuas veias lentas
e seja um perfume ou um beijo um suspiro solar
Ofereço-te esta frágil flor esta pedra de chuva
para que sintas a verde frescura
de um pomar de brancas cortesias
porque é por ti que vivo é por ti que nasço
porque amo o ouro vivo do teu rosto
António Ramos Rosa in O Teu Rosto(1994)
26/02/08
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12 comentários:
Olá
Gostei do poema que escolheste para hoje.
Desejo-te um bom resto de semana.
tanto amor desperdiçado
queria que me quisessem assim
adoro o antónio ramos rosa. um beijo grande.
o teu rosto
rasto
que bebo
na tarde
parada
~
ofereço-te
toda
a fragilidade
de mim
..
x
beleza que abre e
brilha:
palavras.
.estrela
abraÇo.beijO
Blog e comentários (que só provam a qualidade do primeiro)admiráveis.
Abraço.
Belíssimo poema! António Ramos Rosa, sempre um mestre da expressão poética!
Amo este poema que nos toca por dentro...e sente-se como dedos
Só e ainda para deixar um beijo.
Querida Ad Astra,
uma excelente escolha para quem aqui chega no fim de um dia!!!!
BRIGADOS!!!!
Bjkas!
"túmido candor de astro" !!!
" a permanente adolescência de segredo" !!!
"a leve segurança de um peito" !!!
Qual leve Qual segura ???
Apre nunca li tanto disparate sem sentido aglomerado num prosema com "hálito de pássaro" e outras preciosidades non-sense. Mas essa da segurança leve de um peito só mesmo para uma campanha da Triumph ou de lingerie erótica. Apre.
JNAS
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