Ternura
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentada
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancólicamente.
E posso te dizer que o grande afecto que te deixo
Não trás o exaspero das lágrimas nem a fascinação
Das promessas nem as misteriosas palavras dos véus da alma.
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieto, muito quieto
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem
Fatalidade o olhar estático da aurora.
Vinicius de Moraes in Poesia completa e prosa
14/04/08
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15 comentários:
Ninguem devia pedir perdão por amar, mas este poema é hiper lindo!!!
Como gostei de ler e sentir.
Um beijo. Gostei muito.
Belissimo poema, reflector do teu "senso". Gostei também muito da macro a p/b.
Beijo
viniciues ssempre vinicius
Vinícius faz parte do grupo de poetas especiais, cujos versos já trazem a música. Aos compositores basta serem capazes de a apanhar no ar...
Abreijo
Belíssimo poema! Tão doce a sensação que deixa na alma...
arde!
[e nem sei que
dizer... assim a meio do
dia: nua...
beijO
E a noite adormeceu de manhã...
Beijinho.
Ah... esse poema é tão lindo...
Bjs,
um beijo, amiga. obrigada.
Querida AD ASTRA,
a ternura é tão IMPORTANTE na nossa vida!!!!
Que todos os dias sejam DIAS DE TERNURA!!!!
BJKAS!!!
um sossego,
sim,
só.
..
x
Lindíssimo este poema...
Amar demais????
Quando é que se Ama demias?????????
Beijo meu
Ficarei quieta neste pequeno canto... à espera que o meu olhar toque na doce aurora da manhã...
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