18/04/09



“Um dia, quando a ternura for a única regra da manhã, acordarei entre os teus braços, a tua pele será talvez demasiado bela e a luz compreenderá a impossível compreensão do amor. Um dia, quando a chuva secar na memória, quando o Inverno for tão distante, quando o frio responder devagar com a voz arrastada de um velho, estarei contigo e cantarão pássaros no parapeito da nossa janela, sim, cantarão pássaros, haverá flores, mas nada disso será culpa minha, porque eu acordarei nos teus braços e não direi nem uma palavra, nem o princípio de uma palavra, para não estragar a perfeição da felicidade.”

José Luis Peixoto in A criança em ruinas

8 comentários:

hfm disse...

Da beleza do indizível!

Mar Arável disse...

Cada onda é uma onda

e o mar

quase infinito

~pi disse...

semeio

o amor no campo inteiro

desta possibilidade

( in tei ro




beijo




~

Dalaila disse...

quando a terra fica com a cor da vida

jrl disse...

Já viste que escolheste uma janela? ;) Bj, linda.

hfm disse...

Posso só fazer uma perguntinha? O que se passa nessas ilhas de bruma que te impede de actualizar o blogue? Já sinto falta.

Ad astra disse...

Para Hfm:
Minha querida amiga

como tu bem dizes nas ilhas de bruma passa-se:

bruma!

Uma bruma que por vezes envolve a alma, e as palavras ficam-se apenas no olhar.

Um beijo para ti

susemad disse...

shiu...
(nem uma palavra)
...
:)