17/05/09


o teu rosto à minha espera.o teu rosto
a sorrir para os meus olhos.existe um
trovão de céu sobre a montanha.

as tuas mãos finas e claras.vês-me
sorrir. brisas incendeiam o mundo.
respiro a luz sobre as folhas da olaia.

entro nos corredores de Outubro para
encontrar um abraço nos teus olhos.
este dia será hoje na memória.

hoje compreendo os rios.a idade das
rochas diz-me palavras profundas.
hoje tenho o teu rosto dentro de mim.

José Luis Peixoto in «A casa, a escuridão»

5 comentários:

hfm disse...

Como gostaria de ter escrito certas partes deste poema. E que luz a que banha a imagem... poema de luz, de sons e de palavras que tocam.

Belíssimo post!

E. Raposo disse...

Pronto é isso.

in_side disse...

sou em ti [

r

i

o




*

José Louro disse...

Olá Ad Astra
não sei porquê mas este poema ampliou a minha tristeza das segundas feiras...
a poesia é assim, toca, como diz a hfm.

susemad disse...

As tão sublimes palavras de José Luís Peixoto que me encantam tanto! Não me canso de as ler. :)