Per Te
Quase de nada místico
Não, não deve ser nada este pulsar
de dentro: só um lento desejo
de dançar. E nem deve ter grande
significado este vapor dourado,
e invisível a olhares alheios:
só um pólen a meio, como de abelha
à espera de voar. E não é com certeza
relevante este brilhante aqui:
poeira de diamante que encontrei
pelo verso e por acaso, poema
muito breve e muito raso,
que (aproveitando) trago para ti.
de Às Vezes o Paraíso
Ana Luísa Amaral
Anos 90 e agora
Uma Antologia da Nova Poesia Portuguesa
3 comentários:
Belíssimo, como são os poemas de Ana Luísa.
Hoje é o meu dia de sorte pois, após descobrir o Linha de Cabotagem, chego ao Ad astra.
Respira-se bem aqui, num sítio onde a sensibilidade é preciosidade bem cuidada.
Beijo :)
Sim, deve ser muito este sentir
ao ler: irrompe um enorme desejo
de continuar...
Beijo :)
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