23/01/13




O mar é longe,mas somos nós o vento;
e a lembrança que tira,até ser ele,
é doutro e mesmo,é ar da tua boca
onde o silêncio pasce e a noite aceita.
Donde estás,que névoa me perturba
mais que não ver os olhos da manhã
com que tu mesma a vês e te convém?
Cabelos,dedos ,sal e a longa pele,
onde se escondem a tua vida os dá;
e é com mãos solenes,fugitivas,
que te recolho viva e me concedo
a hora em que as ondas se confundem
e nada é necessário ao pé do mar.

Pedro Tamen

4 comentários:

hfm disse...

Sublinho o último verso de uma beleza franciscana. Sublinho ainda o ressurgir de um blogue que batalhei em não apagar dos favoritos.

Anónimo disse...

Lindissimo! Criatividade oceanica sem igual! Parabéns!

Mar Arável disse...


Nunca as areias voarão

mais alto

que os pássaros

Mar Arável disse...


Nunca as areias voarão

mais alto

que os pássaros