Se deste outono uma folha,
apenas uma, se desprendesse
da sua cabeleira ruiva,
sonolenta,
e sobre ela a mão
com o azul do ar escrevesse
um nome, somente um nome,
seria o mais aéreo
de quantos tem a terra,
a terra quente e tão avara
de alegria.
Eugénio de Andrade
5 comentários:
Ad Astra,
Que bom!!!! nos cantinhos que tenho andado a visitar tenho reencontrado Eugénio de Andrade!!!!!!
Que corrente linda!!!!
BJKs
Sempre a poésis de Eugénio.
Bela(s) poesia(s) saí(ram) da pena de ANDRADE. E ficam entre nós, venham os Outonos que ainda há para sentir e gozar.
Na Cabotagem há notícias daqui.
Este Eugénio tem cada uma.
Desde quando o ar é azul?
Uma cabeleira sonolenta?
Estou a ficar confusa...
Ahhhhhhhhhhhh (este foi um grito de exaustão mental).
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