16/09/07

Sebastião Alba - Ninguém meu amor

Piet Mondrian, Mill in Sunlight, 1908


Ninguém meu amor

ninguém como nós conhece o sol

Podem utilizá-lo nos espelhos

apagar com ele

os barcos de papel dos nossos lagos

podem obrigá-los a parar

à entrada das casas mais baixas

podem ainda fazer

com que a noite gravite

hoje do mesmo lado

ninguém como nós conhece o sol

Até que o sol degole

o horizonte em que um a um

nos deitam

vendando-nos os olhos


in «A Noite Dividida»

6 comentários:

Joana Roque Lino disse...

Muito bonito ad astra... :) Bj grande

Carlos Ramos disse...

O Diniz Gonçalves terá que ser num futuro próximo, reconhecido como o poeta mais integro e coerente deste país. Mas não me admira que isso não suceda. No entanto saudo-te por o divulgares no teu azul...

Beijo

Ad astra disse...

É Carlos, não encontro justificação para tão pouco reconhecimento. Talvez pela vida que levou, talvez por recusar as normas e imposições da sociedade.
Para mim a poesia dele reveste um ternura sensual, dificil de encontrar.

Beijinho para ti meu amigo

Anónimo disse...

Que saudades de ti!
Chegaste e não disseste nada!
Porque me abandonas, se sabes que és a minha lufada de ar fresco?
Vai ver o teu correio electrónico tens lá um presente.
Espero que gostes, e principalmente que finalmente percebas!!!

RF

avelaneiraflorida disse...

AD ASTRA,

QUE COMBINAÇÂO de palavras e da imagem!!!!!!
Que bonito ficar aqui a olhar!!!!

Bjks

Anónimo disse...

MONDRIAN!!!

Gosto quase tanto como da Paulinha Rego ou do Carlos Carreiro do dali e do vicente

Mas gosto mesmo é da "Kaldo" mas n knorr, a tal frida...ja viste que sei quase todos os teus gostos?
è pa poder falar contigo destas coisas importantes, e parecer que sei

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