Balada de sempre
Espero
a tua vinda,
a tua vinda,
em dia de lua cheia.
debruço-me sobre a noite
inventando crescentes e luares.
Espero o momento da chegada
com o cansaço e o ardor de todas as chegadas.
Rasgarás nuvens, estradas,
abrindo clareiras
nas sebes e nas ciladas.
Saltarás por cima de mares,
de planícies e relevos
- ânsia alada
no meu desejo imaginada
Mas
enquanto deixo a janela aberta
para entrares
o mar aí além,
lambe-me os braços hirtos,
braços verdes
algas de sonho
- e desenha ironias na areia molhada
Fernando Namora in As frias Madrugadas
6 comentários:
pensei que só as mulheres esperavam.
afinal...talvez...
talvez não.
~
e ele espera ...
que os sonhos não se desfaçam como a espuma das ondas ... também acontece !
Beijos
bela escolha,
bj grande
Há quanto tempo o não lia!
Querida Ad Astra,
Esperar...esperar...a eternidade!!!!
Que bom esta (Re)visita a um autor que já não tenho lido desde muito tempo atrás!!
"BRIGADOS"
Bjks
e desenha, desenha teus dedos de alga sobre os meus cabelos
....
x
(obrigada por isto! :,o) ...)
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