02/07/07

De tanto amor a minha vida tingiu-se de violeta
e andei de senda em senda como as aves cegas
até chegar á tua janela, meu amor:
tu sentiste um rumor de coração partido

e então das trevas subi ao teu peito,
sem ser e sem saber fui à torre do trigo,
surgi para viver nas tuas mãos,
saí do mar para a tua alegria.

Ninguém pode contar o que te devo, é evidente
o que te devo, amor, e é como uma raiz
nascida na Araucânia, o que te devo,amor.

É sem dúvida estrelado tudo o que te devo,
e o que te devo é como o poço duma zona silvestre
onde o tempo guardou relâmpagos errantes



Neruda – Soneto LXIV

3 comentários:

Anónimo disse...

será para mim =D
n, n é =(
mas gostava que fosse =/
quem sabe se é? =S
n n é!
que pena n ser =(
mas olha...gostava mesmo que fosse =)
quem terá essa sorte =/
n me queres dizer? =P

E. Raposo disse...

Ia comentar, tipo aqueles cometários que já conheces... depois parei, reflecti, e decidi não mais o fazer.
São lindas demais as palavras que colocaste por aqui.
E o pablo não merece (eu e ele tratamo-nos por tu hihihi - tinha de fazer jana :| )

Ad astra disse...

podes comentar sim,o Pablo não se chateia, e a pessoa a quem foi dedicado o post também não ;)